A Clarice existe nas imediações do meu universo literário desde que encontrei o seu Água Viva há uns anos, a três euros, numa Feira do Livro em Braga. Não o terminei, mas já comecei muitas vezes — o tipo de situação que imagino ser do agrado da autora. O interesse nunca se perdeu totalmente, mas preferia experimentar outros registos.

Anos mais tarde, à boleia do Gonçalo M. Tavares soube de um conto seu; e na descoberta do conto, descobri este volume, de crónicas publicadas em jornais, e com um nome muito convidativo.

sobre uma melancólica noite de Carnaval
algumas considerações sobre a vida de um tímido
ser precoce em muita coisa, simultaneamente tardia noutras...
a responsabilidade sobre tudo
a loucura como refúgio à destruição de tudo o que é humano pela tecnologia
uma crise existencial após o comum exercício de projecção na coisa que se perdeu