(nota posterior: o hoje em que escrevo não é o hoje que está escrito; passaram algumas semanas. Mas o cenário repete-se frequentemente.)
Hoje aconteceu algo caricato: a meio da manhã, pelas nove horas, a rotunda do viaduto da Rodovia de Braga estava absolutamente parada. Trânsito parado nos dois possÃveis sentidos em direcção à estação de comboios; talvez quinze minutos não fossem suficientes para chegar. Pior ainda: um veÃculo de emergência, provavelmente, também não teria forma de chegar ao hospital. E este é um cenário que se repete frequentemente na vida desta cidade.
Quando estive em Lisboa, lembro-me da absurda polémica com a Av. Almirante Reis. Um dos pontos mais crÃticos era precisamente a importância daquela via para os transportes de emergência (curiosamente, o trânsito ficou melhor nessa Avenida, dito pelos próprios condutores dos veÃculos de emergência, quando se suprimiu uma das vias para traçado de via única). Mas em geral, estas ruas estão sobrelotadas de automóveis. Ironicamente, um dos primeiros argumentos brandidos quando se sugere a supressão do transporte pessoal é se for preciso levar alguém ao hospital em emergência. Ora, tal como as coisas estão, ficam parados no trânsito.
Imagino que nem todos os dias sejam assim. Mas Braga tem carros a mais, e é evidente que falta organização rodoviária. O paÃs também tem carros a mais; e o mundo, em geral. Frequentemente me parece que temos aqui um problema a precisar de uma solução.