Por vezes é cansativo escrever sempre em inglês. É a língua franca da internet, tudo bem — mas caramba, o português é bonito e muito útil também.
E, claro, como argumentado, primeiro talvez por filósofos mas mais tarde, e muito mais sucintamente, por Orwell no 1984: também somos o que pensamos. Em inglês, escrevo para o mundo, para a globalidade, sobre nada. Em português, são as minhas ideias mais próximas. É a língua das minhas ruminações e ansiedades.
Estou numa fase que é uma fase de extremos e de contradições. Quero mas sei que não devo. Desejo mas sei que abomino. Estabeleço diálogos com outros que me confirmam não ser loucura; e depois o quotidiano, enfadonho e triste, é outra coisa. Dia após dia após dia. É só isto?